Made in China, II

Publicado em

Para continuar o post sobre a China, ou melhor, sobre a vontade de ir para a China, e ao mesmo tempo agradar aqueles que esperam ler algo relacionado à gastronomia neste blog, vou dar umas pequenas dicas.

A primeira é de literatura. Todos já devem ter ouvido falar que a culinária chinesa nem de longe se resume ao que vemos por aqui. Não mesmo! Mas não sou eu que vou clarear seus horizontes culturais e discorrer a respeito. Por total ignorância, claro.

O que importa é que li dois livros que me deixaram apaixonada, com vontade de saber mais a respeito e, por óbvio, de viajar para lá (um desses livros li em duas tardes visitando Chinatown em Nova Iorque. Juro. Até hoje não sei como consegui ler na confusão de sons e aromas; ou se foi justamente o background que me ajudou a devorar o livro em horas).

República Gastronômica da China, uma viagem salteada pela culinária chinesa, de Jen Lin-Liu; e

O último Chef Chinês, de Nicole Mones.

A outra dica é sobre filme. Não vou inventar a roda aqui. Não tenho medo de lugar comum e por isso mesmo cito o Wong Kar-Wai (o cara é chinês, apesar de ter imigrado cedo para Hong Kong. Ah! Você também achava que Hong Kong e China era tudo a mesma coisa. Sinto informar, não é não).

A minha indicação é o filme Amor à flor da pele, porque acho impossível não ter vontade de comer noodles depois de assisti-lo.

Para terminar e abrir a fome de vocês de vez, vou citar alguns restaurantes.

Meu chinês preferido em São Paulo é o Rong He na Liberdade.

O que está na lista “a visitar” e me arrependo de não ter ido até hoje principalmente após um relato empolgante de uma amiga é o Ping Pong no Itaim (temos que vencer nossos preconceitos contra franquias internacionais, às vezes podemos ser surpreendidos).

Já o chinês preferido em Nova Iorque (OK, fui pretensiosa agora já que nem visitei tantos assim) é o Green Bo; isso se eu conseguir parar de pensar no famoso pato de pequim do Peking Duck House Restaurant, ambos em Chinatown.

O mais incrível é que citei quatro diferentes restaurantes e a comida de cada qual não tem nada a ver uma com a outra. Dá para imaginar a imensa variedade de “culinárias” de lá?

E se você insiste em pensar no macarrão chop suey (para mim é imbatível), segue uma receitinha adaptada da minha apostila dos tempos de faculdade.

Se joga!

Ingredientes (para quatro pessoas, não famintas)

Macarrão yakisoba 200g
Brócolis japonês 50g
Cenoura 30g
Acelga 50g
Cogumelo Paris fresco 20g
Lombo de porco 50g
Peito de frango 50g
Camarão médio 100g
Lula inteira 100g
Sal refinado: a gosto
Açúcar refinado: uma pitada
Molho de soja 40ml
Alho 1 Dente
Amido de milho: quanto bastar para engrossar o molho (uma colher de sopa mais ou menos)
Caldo de frango 300ml
Óleo de soja; para untar a wok
Óleo de gergelim: a gosto (eu ponho uma colher de chá)
Pimenta do reino branca moída: a gosto

Modo de preparo
Cozinhe o macarrão (pelamor, deixe “al dente”)

Aquecer (MUITO) uma wok (se não tem vale o investimento). Despejar óleo só como se fosse untar a wok (não é uma fritura de imersão) e frite o macarrão até dourar. Retirar, escorrer e armazenar já no prato de servir, mantendo aquecido (põe dentro do forno bem, bem, bem, baixinho.

Cortar os todos os legumes e as carnes (e para explicar como… deixa eu ver, você já comeu esse macarrão por aí não? tem que tudo ficar na forma de retangulos finos, capice?)

Na mesma wok, acrescentar só um pouco mais de óleo para fritar a carne de porco, o frango, a lula e o camarão (também não é fritura por imersão, mão leve no óleo). Retirar e deixar escorrer. Reservar.

Ainda na mesma panela, dourar o alho, começou a exalar perfume junte a cenoura (já cortada), o brócolis (em floretes pequenos). Espere esses dois suarem um pouco e agora junte a acelga e o champignon (em fatias). Tudo suou e murchou? Volte e as carnes reservadas.

Misture bem, mas não deixe cozinhar demais as carnes, OK? Junte o molho de soja, a pimenta, o açúcar e o caldo de frango. Cozinhar bem pouco, tipo uns 30 segundos, e já polvilha o amido dissolvido em água para engrossar.

Desligue o fogo, junte o óleo de gergelim.

Agora e só servir por cima dos pratos com o macarrão.

Dá trabalho mas vale a pena!

 

Foto tirada no Rong He. Ui!

Uma opinião sobre “Made in China, II

    […] feito de leite, pasta de arroz e neve (viu só, depois me perguntam porque dediquei dois posts à China. De lá também vem o […]

Deixe um comentário